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O desânimo de ser itapajeense |

         Certa vez conversando com uma amiga que mora em outro Estado, abordamos algumas questões que levam os jovens á saírem de suas cidades em busca de melhores condições, pois ‘parece que a cidade não cresce, entre dinheiro, mas o dinheiro não fica na cidade’. Neste caso, quando surge oportunidade de migrar para outras localidades na conquista de novos horizontes verificamos o desânimo de ser itapajeense.
Passeamos pela cidade e nos deparamos com situações que nos entristecem, jovens sem perspectivas de futuro, crianças sem espaço para brincar e se divertir, idosos que já fadados de tanto trabalho que realizou perante a vida, se ver enjaulado num quarto... E os adultos que trabalham como ‘loucos’ em busca de sua sobrevivência. Percorremos os distritos e zonas rurais de nosso município, e que apesar de encontrarmos situações similares na cidade, ainda mantêm há um pouco de sua tradição, de lugar feito para descansar/morar em família.
      No entanto, o que me deixa angustiado em ser itapajeense é ver nossos funcionários públicos, travestidos de homem de gravata, situados nessa ‘estrutura’ viciante que é a corrupção. Fico estupefato quanto ouço discurso sendo proferido por pessoas públicas que ‘maquia’ a realidade á qual estão inseridos, que dizem ‘se esforçam para melhorar a situação’ e se inibem diante do sistema falho que pertence.
        Sei que esta postagem irá chegar aos olhos de alguns funcionários públicos. Por isso quero deixar dizer apenas que, se existir alguma coisa errada, não se omite. Pelo contrário tente resolve-la e se por acaso não conseguir, fale com outras pessoas, talvez assim esse problema seja sanado. Mas NUNCA se OMITA. Sabemos que o poder público é falho, mas isso não nos dar o direito de acomodarmos diante deste quadro, afinal toda falha pública gera LUCRO.


         E se você sente-se desanimado em ser itapajeense, por não  encontrar nenhum motivo pra pensar o contrário, reflita com calma nesta postagem. Quem sabe todo essa problemática não se converta em vontade de mudar e transformar esta cidade? Afinal, Itapajé precisa de Herois.
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Novos olhares e novos fazeres n(A) política de Itapajé |

A cada dia nos tornamos mais desumanos, notamos mecanismos serem criados na  promoção das desigualdades existentes e o incrível sentimento que vivemos no Brasil, numa constante “sensação de Roubalheira”.
Somos contemplados por uma constituição que vai contra a mão do Brasil de hoje, onde os movimentos progressistas permitiram termos uma das melhores e mais lindas constituições do mundo, entretanto, o mercado (capitalismo) é que molda a realidade, consome os interesses e que profetiza as ações. E neste sentido a cidadania entre em cheque, colapso e em risco.
Itapajé apresenta um problema  estrutural de igual natureza mencionada anteriormente, ou seja, a política municipal é uma problemática histórica, onde ainda persiste a perpetuação da classe dominante, organizados num grupo de interesses mercadológicos que exerce uma pressão muito grande na sociedade.
Vale enfatizar que essa classe dominante não é formada exclusivamente por nossos governantes, mas também, pelos grandes e médios comerciantes e empresários que “interferem” e até “ordenam” na gestão das prioridades que a cidade carece. Eles possuem poder suficiente para organizar, dirigir e principalmente influenciar nos assuntos que são dos interesses da população em geral. Ou seja, a classe dominante ou elite de Itapajé participa direta e indiretamente das decisões cruciais do nosso município, baseando suas ações e decisões nos interesses econômicos e de classe, quer dizer, particulares.
No entanto, existe uma força desorganizada e dispensa na cidade, constituída em sua maioria pela classe trabalhadora que pode á qualquer momento desestruturar esse sistema.
E é nesse fundo acumulado de esperança que mobilizo minhas convicções, pois acredito que ‘mudar Itapajé não é sonho e nem utopia: é Justiça!’
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Fingimos ser cidadãos |

“ Ser cidadão é gozar dos direitos civis e políticos num Estado, submetendo-se a deveres para com esse mesmo Estado. (...) Um bom cidadão respeita as leis do ser país, acata as autoridades, cumpre os deveres cívicos que lhe são impostos e se esforça pelo progresso e engrandecimento da Nação”

  • Quem se envergonha em sonegar ou omitir impostos?

  • Quem vota examinando com cautela os candidatos e suas propostas? E nunca,mediante interesses de empregos... de dinheiro para satisfazer sua vaidade ou fins financeiros?

  •  Quem se considera como um soldado, servindo com Amor a sua Pátria?

  •   E quem acredita que, Deus é o fundamento da ordem social perfeita?

Pois a fidelidade é a expressão maior do caráter, nisto um bom cidadão é fiel em tudo: á Deus, á Pátria, ao cônjuge se casado, aos filhos, aos pais, aos amigos, a associação de que fizer parte, ao partido político a que pertencer.

  •  Quem se esforça no cumprimento dos deveres frente ao Estado? Na qual: sendo professor ensinará com assiduidade e conscientemente? Sendo aluno dedicará com estima e venera seus estudos e mestres? Sendo Juiz ministrará a justiça com diligência e inserção? Sendo parlamentar elaborará leis para que os supremos interesses da Pátria fossem atendidos? Sem consideração de outros interesses que não sejam os da justiça e do equilíbrio social.

  • Sendo funcionário detestará a negligencia, a protelação, a irresponsabilidade, dando rápido andamento aos papeis e jamais paralisando-os ou precipitando seu andamento segundo o suborno ou preferências pessoais?

  •   Sendo operário não trabalhará maquinalmente como um ser irracional? Sendo medido fará da sua profissão um sacerdócio? Jamais mercantilizando-a com o olho posto exclusivamente para o dinheiro. Sendo engenheiro estará aberto aos abusos hoje tão comuns nas construções de obras do Governo? E sendo jornalista ou radialista informará não somente com espírito de verdade, mas contribuirá para elevação cultural e moral do povo?
    ato realizado no Dia do Basta á Corrupção em Itapajé, dia 21 de Abril de 2013. A frase acima refere-se a crítica dos papeis desempenhados por todos nós, onde brincamos de ser cidadãos e eles brincam de ser políticos.
Tudo isto constitui o conjunto de preceitos e normas para o exercício patriótico da cidadania.
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Dramatização: Zé Ninguém |

Uma peça teatral encenada no I Ateliê da AJI, realizado no dia 04 de Junho de 2013 no auditório da secretaria de Educação. Nesta peça, exponho de forma dramática, melancólica e épica a juventude no município de Itapajé. 
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Jovens infratores - porque condenar não basta! |

Cresce o número de roubos, assaltos, tentativas de arrombamentos ou mesmo de vítimas provocadas pelo aumento da violência e da criminalidade. Afinal, porque houve nos últimos anos uma disparidade enorme dessas ocorrências? Presenciamos nos noticiários sucessivos caos, envolvendo vítimas e inocentes. Diante deste quadro assombroso, ecoa entre a sociedade um apelo á SEGURANÇA, onde, no caso especifico Itapajé, clamamos por um aumento do policiamento nas ruas. Entretanto, deve-se policiar quem? Contra o quê? Pra quê? Sigamos refletindo nessas indagações. Porque será que há muitos caos de jovens infratores, como agressores ou vítimas nos fatos que presenciamos? De onde vêm a criminalidade? As drogas? As armas? Pra onde vão os autores provocadores desse ciclo viciosos que é a violência? O que esperar de um jovem que mata, rouba e sequestra vidas? Muitas vezes, pais de famílias? Deve-se Punir e Vigiar, como já alertava Bourdieu, pra ‘normalizar’ a organização em sociedade.
 
As observações confrontam-se com a realidade: porque um jovem furta? Porque um jovem mata alguém? Será por simples diversão ou está “cansado” de ser massacrado? Quando digo “cansado”, refiro-me, principalmente, para jovens pobres, provenientes de localidade aonde não chega às políticas publicas, com famílias geralmente desestruturadas, sem nenhum acesso ao lazer, á pratica esportiva, com escassas oportunidades de sucesso, de emprego, de educação. Em ensino pautado na realidade que lhe consome dia-a-dia. Onde descobre um mundo, que é injusto, desigual, cruel e pra poucas pessoas.
Tento apenas imaginar a rotina diária, vivida por muito jovens itapajeense que não tem/teve a mesma oportunidade que tive/tendo. Sou privilegiado por morar num Bairro tranquilo, com moradores humildes e trabalhadores, com espaço visível e acessível para o entorno que possibilita descontrair-se com amigos e familiares, um bairro onde existem políticas publicas, nas quais meus pais trabalham diariamente pra investir nos meus estudos e apostar em meus esforços. Emociono-me e, ao mesmo tempo, fico angustiado, ao notar que nem todos possuem acesso aos bens culturais que tenho(apesar de ser pouco), (in)felizmente faço parte de um grupos de jovens que tem a oportunidade e os meios para atingir seus projetos de vida,mas, e os outros? Pra onde vai aquele garoto/pobre sem nenhuma oportunidade de escolha? Como escolher viver uma vida honesta, onde a mesma lhe encara com as “mascaras” de preconceitos, significações que a sociedade lhe impõe? É aqui que o MÉRITO entra? Mas pra quem?
Algumas reflexões e mais indagações...
Quando deslocamos nosso olhar sobre os atos praticados por jovens infratores e as consequências desses atos para atentarmos especificamente á realidade do menino/pobre/infrator, concebemos que, são provenientes de bairros pobres, onde as relações dessa localidade para com as autoridades governamentais é quase nula(exceto em época eleitoral), ruas carentes de bens públicos e de capital social/cultural. E mesmo assim insistimos, VAMOS REDUZIER A MAIORIDADE PENAL! VAMOS AUMENTAR O POLICIAMENTO! VAMOS FAZER UM PACTO PELA PAZ. Vamos também, aproveitar o “embalo” dessa carruagem e gritar nas ruas: QUEREMOS QUE SEJA EFETIVADO OS DIREITOS PREVISTOS NO ECA (são mais de 21 anos, e não é levado á serio pelos governantes)  QUEREMOS POLITICAS PUBLICAS PARA JUVENTUDE (Assunto que me merece ser discutido desde “ontem”) QUEREMOS CONSTRUIR ITAPAJÉ.
Vamos enfim, discutir SEGURANÇA na cidade, sem entretanto, consolidar um programa de salvação municipal da juventude vulnerável.
Obs: existe algo de errado quando um jovem furta ou mata alguém,mais do que julgar e apontar culpados, deve-se compreender.
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Afinal, o que é ser pobre? |

Mujica rejeita título de “presidente mais pobre do mundo”

Mujica
Pobres são aqueles que precisam de muito para viver.

 

O presidente do Uruguai, José Mujica, afirmou esta semana à rede estatal chinesa Xinhua que não concorda com o título que lhe foi atribuído pela imprensa internacional de “presidente mais pobre do mundo”, em razão de seu estilo de vida simples.Segundo ele, esse título é incorreto porque “pobres são aqueles que precisam de muito para viver”. Sua vida austera tem como objetivo “manter-se livre”.
“Eu não sou pobre. Pobre são aqueles que precisam de muito para viver, esses são os verdadeiros pobres, eu tenho o suficiente”, afirmou.
“Sou austero, sóbrio, carrego poucas coisas comigo, porque para viver não preciso muito mais do que tenho. Luto pela liberdade e liberdade é ter tempo para fazer o que se gosta”, disse o presidente. Ele considera que o indivíduo não é livre quando trabalha, porque está submetido à lei da necessidade. “Deve-se trabalhar muito, mas não me venham com essa história de que a vida é só isso”.
Assim como já fez com outros correspondentes internacionais, Mujica recebeu a equipe de reportagem chinesa em sua modesta propriedade rural em Rincón del Cierro, nos arredores de Montevidéu, ao lado dos cães e galinhas que cria.
Aos 77 anos, Mujica doa 90 % de seu salário de 260.000 pesos uruguaios (quase 28 mil reais) a instituições de caridade. Não possui cartão de crédito nem conta bancária. Sua lista de bens em 2012 inclui um terreno de sua propriedade e dois com os quais conta com 50% de participação, todos na mesma área rural – diz ter alma de camponês, e se orgulha de sua plantação de acelgas, e já pensa em voltar a cultivar flores.
Possui dois velhos automóveis dos anos 1980 (entre eles um Fusca com o qual vai ao trabalho) e três tratores. Segundo o presidente uruguaio, essa opção de vida surgiu durante os anos em que viveu preso sob duras condições (1972-1985) em razão de sua atividade de guerrilheiro. Ele foi membro dos Tupamaros, grupo que lutou contra a ditadura militar.
“Por que cheguei a esse ponto? Porque vivi muitos anos em que, quando recebia um colchão à noite para dormir, já me dava por contente. Foi quando passei a valorizar as coisas de maneira diferente”, disse ele sobre seus tempos de cárcere, quando disse ter conversado com rãs e formigas para “não enlouquecer”.
Ele afirmou duvidar que a próxima eleição presidencial, marcada para 2014, vá atrapalhar sua gestão, e se diz animado com um projeto pessoal para quando deixar o Executivo, em março de 2015: “Quando terminar esse trampo (changa em espanhol, referindo-se à Presidência) que tenho agora, vou me dedicar a fazer uma escola de trabalhos rurais nesta região”.
Quando perguntado se após deixar o governo ele tentará acumular fortuna, ele disse: “Depois terei de gastar tempo para cuidar do dinheiro e muito mais tempo da minha vida para ver se estou perdendo ou ganhando. Não, isso não é vida.”


 O artigo abaixo foi publicado originalmente no site Opera Mundi.
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Reflexões |

Hoje é o ultimo dia de manifestações contra a corrupção no Brasil (19,20 e 21 de Abril). Houve diversas organizações em mais de 70 cidades brasileiras e nenhuma delas foram noticiadas nos principais veículos de massa. Mas como essa atitude já era esperada, sabemos que a revolução não será televisionada, mas sim, um movimento constante, silencioso, duradouro e persistente.
No dia 20 de Abril de 2013, ocorreu na cidade de Itapajé a primeira manifestação contra a corrupção, na ocasião era previsto a quantidade de pelo menos 15 pessoas, dentre tais compareceram apenas eu (...) fiquei chateado, mas quer saber, continuei com a manifestação, pois o que vale é mostrar o posicionamento frente ao assunto.
Durante Uma (01) hora coletei abaixo-assinado contra a Proposta de Emenda Constitucional nº 37, conseguir 25 assinaturas e 20 “foras”, vale ressaltar a importância desses foras que levei: “_ Menino, vai pra casa! Tá vendo que isso não vai dar em nada! Jovem vai estudar!” Eu apenas ria, pois meus argumentos não adiantava mudar a concepção dessas pessoas, eu auto consolava-me, dizendo: “Até que você acorde, nós lutaremos por você”.

Foi quando surgiu Socorro Alexandre e Jean de Sousa, que finalizamos nossa manifestação, entregando panfletos e indagando com as pessoas sobre o assunto.
Ganhei o dia, quando á caminho da rua, uma senhora de 81 anos exclamou: Que Deus abençoe esta causa (....) E um grande suspiro de satisfação repousou sobre mim.
Quer saber? Itapajé precisa de mais ações como essa. E o que estamos esperando? Ah, gostaria de ressaltar sobre a mais nova integrante do grupo AJI – Cássia Carla.
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não achou o que queria?