A juventude itapajeense, em
termos absolutos, constitui um dos maiores segmentos da população. Há em torno
de 15.858 de jovens entre 16 á 34 anos no município de Itapajé segundo o TRE-CE
(2012), isto é, mais de um quarto da população. É grande a necessidade de conhecer
a juventude itapajeense como uma peça fundamental para a construção de uma
cidade mais democrática e justa para com seus próprios habitantes, sendo assim,
faz-se de extrema importância os jovens se organizarem e cobrarem do poder público,
de instituições privadas ou ONGs um (re)conhecimento sobre suas demandas e
anseios. Visto que na última década o Estado brasileiro passou a ter um olhar
diferenciado sobre este segmento por entender que era necessário constituir
políticas públicas que reconhecessem as especificidades de suas demandas. Em
2005 por meio da Lei n° 11.129 foi criada a Política Nacional de Juventude, a
saber: Secretaria Nacional de Juventude, Conselho Nacional de Juventude; e o
Programa Nacional de Inclusão de Jovens (PROJOVEM).
Como presenciamos acima, os
jovens constituem uma grande camada de eleitores que podem decidir essa
eleição. Segundo os dados do Tribunal Superior Eleitoral – TSE (setembro de 2012)
a população entre 16 e 17 anos, ou seja, a parcela dos jovens que tem a opção
de votar constitui em termos proporcionais 4, 166% da população. A primeira
vista aparenta um percentual baixo, no entanto se observarmos em termos
absolutos o número corresponde a 1.560 jovens que tem a opção de votar. Se
ampliarmos esta análise para os jovens entre 18 a 24 anos, que tem, em tese, a
obrigação do voto, esta margem amplia significativamente, atingindo 17, 923% do
eleitorado, representando em termos absolutos 6.711 eleitores. Esta massa de
jovens constitui um número decisivo para Itapajé e pode influir no resultado
dessas eleições.
Diante deste quadro, marqueteiros
políticos, agências de publicidade, núcleos de inteligência de partidos
políticos formulam estratégias e planos para conseguir o voto deste
contingente. Uma tarefa árdua e difícil, pois não existe uma juventude
homogênea. A característica central deste segmento é sua múltipla identidade e diferentes
recortes sejam de gênero, cultural, religioso, classe social, etc. O que os
jovens das diferentes origens sociais, tribos culturais e de gênero
compartilham é um mesmo momento histórico. Portanto formular discursos para
este segmento demanda entender a complexidade da juventude.
Para muitos jovens esta será a
primeira eleição (no meu caso), para outros será a segunda. Portanto, a
Associação Jovem Itapajeense, uma organização de jovens que quer votar olhando
para frente, querem saber o que os candidatos têm a oferecer em termos de
melhoria da qualidade de vida.
A proposição de políticas
públicas capazes de efetivar direitos constitui a tônica para este segmento
ávido por novas ações do Poder Público que dialogue com sua realidade. Os
candidatos terão que se desdobrar, pois além de comparar governos terão que
apresentar propostas que tenham relação com os anseios das diferentes
juventudes.
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